22 de outubro de 2014

Pastor 'reza pela humanidade' e é espancado por PMs em BH, diz família

A família de um pastor de 47 anos está revoltada com a suposta agressão de policias militares contra o homem na noite dessa terça-feira (21). A vítima estava no aterro sanitário da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), localizado no bairro Conjunto Jardim Filadélfia, na região Noroeste de Belo Horioznte, “rezando pela humanidade” quando foi abordado pela corporação.

De acordo com Antônio Carlos Gomes da Silva, o irmão tem o costume de entrar no espaço, sem o conhecimento da segurança, para fazer orações. “Ele sempre vai lá agradecer pela sua vida e pela vida da família. Além disso, ele sempre pede proteção para as outras pessoas”, explicou o homem.

agressão

Nessa terça, a viatura entrou no aterro com o consentimento da equipe de segurança e encontrou o homem no local. Ainda na versão de Antônio Carlos, os policias jogaram a bíblia do pastor no chão e começaram a agredi-lo com socos e pontapés. Em seguida, os militares foram embora.

“Muito machucado, meu irmão conseguiu chegar em casa. Acionamos o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e ele foi encaminhado ao Hospital Municipal Odilon Behrens, onde foi medicado e liberado. Ele teve cortes na boca”, explicou o irmão.

Uma outra viatura foi acionada e registrou o boletim de ocorrência como lesão corporal. Segundo o denunciante, uma equipe da Corregedoria da Polícia Militar acompanhou o caso e, após alta médica, a vítima foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo delito.

“Ainda não sabemos o que vai acontecer, mas vamos entrar na Justiça. Esses covardes devem ser punidos. Meu irmão é pai de família, trabalhador e querido por todos. Ele não merecia passar por isso”, desabafou Antônio Carlos.

Segundo a Polícia Civil, o homem supostamente agredido não tem antecedentes criminais.

A reportagem tentou contato com o tenente-coronel responsável pelo 34º Batalhão, que atende a região, mas ele não foi encontrado para comentar o caso.

Também procuramos a Prefeitura de Belo Horizonte para saber como funciona a questão de segurança no aterro sanitário da SLU, mas os responsáveis pelo setor não foram localizados.

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