21 de novembro de 2014

Menino de dois anos queimado pela mãe com chapinha de cabelos em estado grave

A Polícia Civil concluiu as investigações sobre o caso da adolescente de 17 anos que queimou o filho de apenas dois com uma chapinha para cabelos, em Rio Piracicaba. A jovem disse que agrediu a criança porque ele havia feito xixi em sua perna. A adolescente tem ainda uma filha de três meses. 

O menino permanece internado em estado grave no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. De acordo com o delegado Alberto Gomes Vieira, vizinhos da garota relataram que as duas crianças choravam muito durante a noite. Ainda conforme o delegado, a menor foi descrita pelos moradores como uma pessoa reservada. Ela morava no Estado do Rio de Janeiro e se mudou para o local há pouco tempo. Alberto Gomes informou que encaminhou o inquérito à Justiça, recomendando que ela permaneça internada. O tempo máximo de reclusão para os menores é até 21 anos.

Além do relato dos vizinhos, o delegado esteve com a irmã e do cunhado da garota para esclarecimentos. O casal recebeu a adolesecente nos primeiros dias em que ela chegou à cidade. Eles não souberam dizer se a garota dava sinais de agressividade com o filho, uma vez que o menino foi levado para a cidade só depois que ela mudou para uma nova casa. "Ninguém conhecia ela direito. Pelo que falavam, ela não conversava com ninguém, não tinha vínculo nenhum aqui na cidade. Ela parecia sempre indiferente, uma pessoa que não está nem aí para nada", declarou o delegado.

O namorado da jovem e pai da menina, mora em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A criança mais nova ficou com a mãe do rapaz.  

Negou o crime 

A criança teve várias queimaduras nas mãos, nos braços e nas partes íntimas, hematomas nos olhos, marcas de agressão na cabeça e não respondeu aos estímulos. O Conselho Tutelar compareceu ao local depois de uma denúncia. A conselheira tutelar Suelem Gonçalves informou que a mãe disse que o menino estava dormindo, porém, eles perceberam que ele estava desmaiado.  

Depois de negar várias vezes, a adolescente confessou que usou a chapinha para agredir o filho. De acordo com o delegado Alberto Gomes, a suspeita confessou só parte das agressões. A criança havia sido internada no hospital da cidade e transferida para Belo Horizonte. Segundo o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, o menino teve traumatismo craniano, queimaduras de segundo grau e corre risco de morte.

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