12 de fevereiro de 2015

Após explosão no ES, embarcação é esvaziada e produção, paralisada

Após a explosão do navio-plataforma no litoral de Aracruz, Norte do Espírito Santo, todos os funcionários foram retirados da embarcação, segundo informou, nesta quinta-feira (12), a BW Offshore Brasil. A empresa é a responsável pela operação do navio que prestava serviço para a Petrobras. Os parentes das vítimas foram informados e os funcionários estão sendo atendidos por uma equipe de apoio montada pela BW Offshore Brasil. Além disso, a produção foi paralisada e a unidade fechada.

A explosão no navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus deixou, até a manhã desta quinta-feira, cinco mortos, 14 hospitalizados e quatro desaparecidos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), 74 pessoas estavam no navio-plataforma e 25 ficaram feridas. Não houve vazamento de óleo no mar. Dos feridos, oito foram internados no Vitória Apart Hospital e dois, no Hospital Metropolitano, ambos na Serra, Grande Vitória. Os demais trabalhadores foram resgatados e levados para um hotel em Vitória.

O navio FPSO opera nos campos de Camarupim e Camarupim Norte no litoral do Espírito Santo a aproximadamente 120km da costa. "É um dia trágico para nós, nosso foco é nos funcionários e suas famílias. Não vamos descansar enquanto não encontrarmos os quatro desaparecidos. Somos gratos à Petrobras e às autoridades brasileiras pelo esforço incansável e gostaríamos de agradecer o apoio deles nesse momento", diz Carl Arnet, CEO da BW Offshore.

Marinha

Em nota, a Marinha do Brasil informou que está empregando três navios (uma Corveta e dois Navios-Patrulha), três aeronaves (duas no aeroporto de Vitória e uma a bordo da Corveta) e cerca de 400 homens para controlar a área marítima, evitar eventuais riscos à navegação e contribuir para eventuais resgates na região. As tripulações das duas aeronaves da Marinha que transportaram bombeiros militares para a plataforma na noite desta quarta-feira (11) permanecerão em alerta, prontas para decolar e prestar apoio quando necessário, segundo informou a nota.

Mortes

O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) informou, na manhã desta quinta-feira, que dois corpos foram encontrados na sala de máquinas do navio-plataforma. Agora, o número de mortes no acidente subiu para cinco, sendo que quatro pessoas continuam desaparecidas e 14 feridos foram internados em dois hospitais da Serra, cidade da região metropolitana de Vitória. Procurada pelo G1, a BW Offshore, empresa que administra o navio, confirmou, em nota, o total de mortos. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) e para o Corpo de Bombeiros informaram que não vão se manifestar.

Feridos

O Vitória Arpat Hospital recebeu 12 feridos. Até as 10h desta quinta-feira, três deles já foram liberados. Dos nove que estão no hospital, oito seguem internados e um está em observação no pronto-socorro. Dois devem ser liberados ainda nesta manhã. Dos sete que não receberão alta nesta quinta, três estão em estado grave, com risco de morte. Segundo a direção do hospital, todos chegaram queimados. O outro hospital particular que está com dois feridos no acidente ainda não informou o estado de saúde dos pacientes.


O diretor do Vitória Apart explicou que, entre as pessoas que estão em estado grave, um é filipino. "O paciente filipino foi o único que chegou ao hospital sedado, os outros chegaram conscientes. Os que têm ferimentos mais leves não estão recebendo menos atenção, pois ainda podem aparecer traumas. Soubemos que um dos feridos ficou preso em um elevador e inalou muita fumaça, o que foi bastante prejudicial", disse. A unidade informou que a Petrobras não autorizou a divulgação dos nomes dos pacientes. Os familiares de feridos que estão no hospital estão sendo atendidos por assistentes sociais. Ainda não há informações sobre os outros dois feridos que estão em um hospital particular na Serra.

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