A reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) analisa a denúncia de alunos da Faculdade de Direito contra o discurso considerado pelo grupo como homofóbico por parte de um professor. Os estudantes alegam que durante uma aula o educador teria sido preconceituoso contra casais do mesmo sexo. Uma petição foi criada por centros acadêmicos e professores pedindo a apuração dos fatos e o afastamento do docente.
A irritação dos estudantes aconteceu durante uma aula do curso de direito. O professor estava falando sobre direito de família, quando, segundo estudantes, afirmou que “graças a Deus existe um pouco de heterossexualidade no direito”. Os alunos dizem, ainda, que o discurso continuou com outras críticas às relações homoafetivas.
Alguns estudantes se sentiram incomodados com o discurso e tentaram sair da sala. Neste momento, contam que foram ofendidos. “Quando passavam pelo professor para deixar a sala, ele virou e os chamou de vagabundos porque eles não queriam absorver o que ele estava falando”, afirma Marina Silveira Marques, coordenadora do Centro Acadêmico do curso de Ciência do Estado (Cace), que assinou a petição. A cena teria sido gravada por alguns estudantes que filmavam a aula. O vídeo foi entregue à reitoria.
No dia seguinte ao fato, uma das alunas que deixaram a sala de aula fez um desabafo nas redes sociais. Segundo a denúncia dos estudantes enviada à reitoria, o professor reagiu ao comentário e ameaçou processar a garota. Por causa disso, ela procurou os centros acadêmicos da faculdade de direito para relatar o caso.
A petição foi assinada, além do Cace, pelo Centro Acadêmico Afonso Pena (Caap) e por cinco professores. O documento foi entregue na última segunda-feira. De acordo com a UFMG, a reitoria está analisando o conteúdo para, a partir daí, dar um posicionamento adequado aos fatos. O professor citado na denúncia continua dando aulas na faculdade.
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