9 de abril de 2015

Baixinhos têm risco maior de doenças cardíacas, diz estudo

O estudo analisou 200 mil pessoas e encontrou partes do DNA humano que controlam ao mesmo tempo a altura e a saúde do coração.
As descobertas foram divulgadas na publicação científica New England Journal of Medicine. Segundo os pesquisadores, a cada 6,4 centímetros a mais de altura, a incidência de doenças cardíacas cai 13,5%.
A organização British Heart Foundation disse que pessoas baixas não precisam se preocupar excessivamente e devem manter um estilo de vida saudável.
As doenças cardíacas são a principal causa de morte na Grã-Bretanha.
Risco baixo
A ideia de que a altura tem um papel na saúde do coração foi proposta pela primeira vez há 50 anos, mas os pesquisadores não entendiam o porquê.
Alguns pensavam que a relação era consequência de outros fatores, como uma nutrição deficitária na infância, que poderia afetar até o coração.
Mas o estudo da Universidade de Leicester sugere uma resposta mais profunda, relacionada ao DNA.
Eles analisaram 180 genes cuja ligação com a altura já era conhecida.
Segundo o estudo, como a cada 6,4 centímetros o risco de desenvolver doenças cardíacas seria afetado em 13,5%. Assim, uma pessoa com 1,5 metro de altura correria 64% mais risco que alguém de 1,8 metro.
"Em um contexto de fatores de risco majoritários, esse é pequeno. Fumar eleva o risco entre 200% e 300%", disse o professor Nilesh Samani, da Universidade de Leicester.

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