Professor suspeito de estupro enviava mensagens à aluna, diz polícia

O professor de teatro que foi preso por estupro de vulnerável após a Polícia Civil de Itupeva (SP) descobrir o seu caso com uma aluna de 13 anos, enviava mensagens através do celular com conteúdo sexual à menina. Após a denúncia da mãe da aluna, os recados foram reunidos pela polícia da cidade e anexadas ao registro da ocorrência. Ele está preso no Centro de Triagem de Campo Limpo Paulista (SP). Em depoimento na delegacia, o professor não admtiu e nem negou o envolvimento com a garota.

No trecho de uma das mensagens de texto retirada do celular da garota, o homem escreveu para ela: "vontade de c... e depois f... ela toda". Segundo o delegado responsável pelo caso, Elias Ribeiro Evangelista Junior, o professor ministrava aulas de teatro dentro de uma igreja evangélica e tentava, através de mensagens, estimular a aluna a ter relações sexuais com ele. "Ele usava um tom pornográfico nos torpedos que encontramos no celular da menina. Além disso, também se dizia apaixonado e até mencionou que largaria a família por ela, quando a mesma fizesse 18 anos", disse o delegado.

A polícia entrou no caso após a mãe suspeitar de que a filha estaria grávida. "Assustada, a mãe questionou com quem a sua filha estaria mantendo relações sexuais. Ela acabou assumindo que era com o professor de teatro, pelo qual se apaixonou", conta o delegado. Após a descoberta e o registro da ocorrência, a menina foi submetida a vários exames - o de gravidez, deu negativo.

Já o exame de corpo de delito comprovou que a adolescente mantinha relações sexuais, mas não em data próxima. Segundo o delegado, apesar de terem iniciado a relação em abril deste ano, desde o início de setembro eles não estavam mais se vendo. De acordo com o depoimento da menor na delegacia de Itupeva, a esposa do professor teria descoberto a traição e, por isso, ele teria se afastado.

Início do relacionamento
Durante depoimento na delegacia, a menina contou que o professor a buscava em casa para levá-la até a igreja. No começo, com outros alunos do curso mas, posteriormente, sozinho, o que não a fez desconfiar de nada, já que o suspeito era casado e tinha uma filha.

"Porém, com o passar do tempo ele começou a flertar com ela e a beijou. Após o primeiro contato físico, ele teria passado a provocar a menina, passando a mão pelo o seu corpo e dizendo que a amava, que queria ficar com ela", informa o delegado.

O professor, que também é cabeleireiro, convenceu a menina a ir até a sua casa para que ele fizesse uma escova progressiva nos cabelos, o que a própria contou à mãe, que nada desconfiou. No dia, a adolescente, que até então era virgem, teve a primeira relação sexual com o professor. "A vítima relatou que manteve, por várias vezes, relação sexual com o autor, com e sem camisinha, o qual dizia que o seu relacionamento com a sua esposa não dava mais certo e, por isso, largaria da família para ficar com ela", relembra o depoimento o delegado.

O delegado não descarta a possibilidade do professor de teatro ter se envolvido com outras alunas do curso. Por isso, orienta que se os pais dos alunos do suspeito tenham qualquer informação, procurem  a delegacia da cidade. "Ele ficará preso temporariamente por 30 dias, enquanto ainda fazemos algumas deligências e ouvimos testemunhas. Eu pretendo intimá-lo novamente mais para frente", finaliza.