9 de dezembro de 2014

Cessar-fogo possível na Ucrânia será testado na mesa das negociações

Fez-se mesmo silêncio esta terça-feira no Leste da Ucrânia, cenário pouco habitual numa região onde os tiros e bombardeamentos têm sido diários. O exército ucraniano e as forças rebeldes respeitaram o “dia de silêncio” acordado na semana passada. Mas será nas novas negociações entre os dois lados que o cessar-fogo será posto à prova.

O chamado “dia de silêncio” – durante o qual tanto o exército ucraniano como os comandos pró-russos se comprometeram a suspender os combates – foi encarado como um primeiro teste à possibilidade de um cessar-fogo poder ser alcançado.

Reconhecido o falhanço do acordo assinado em Minsk a 5 de Setembro – desde então foram mortas mais de mil pessoas, apesar de vigorar um cessar-fogo –, o Governo ucraniano e os dirigentes separatistas devem voltar a sentar-se à mesa das negociações nos próximos dias. Inicialmente, Kiev anunciou que o encontro estaria marcado para a capital bielorrussa para esta terça-feira. Porém, nos últimos dias, os líderes das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk disseram ser preferível adiar as conversações para outra data, provavelmente, esta sexta-feira.



As 24 horas antes do início do dia de tréguas antecipavam o pior dos cenários: seis soldados ucranianos foram mortos, de acordo com informações do exército, e tudo parecia continuar na mesma. Às primeiras horas desta terça-feira, o Presidente, Petro Poroshenko, confirmava, contudo, que o exército ucraniano declarou “um cessar-fogo”, à margem de uma visita a Singapura. “Nenhum soldado foi morto”, acrescentou.

Ainda assim foram reportadas, por ambos os lados, algumas trocas de tiros e lançamentos de morteiros. De acordo com o exército, citado pela AFP, houve três incidentes: dois perto de Debaltsevo, na região de Donetsk, e outro na região de Lugansk. Por seu turno, as posições dos rebeldes perto do aeroporto de Donetsk foram atingidas por fogo de artilharia do exército, segundo um responsável separatista, citado pela agência russa Sputnik.

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