23 de fevereiro de 2015

Nem preço alto contém expansão das escolas



Os estudantes da educação infantil estão esquentando o mercado em tempos de economia fria. Apesar de muitos segmentos projetarem um ano com estabilidade e até queda no movimento, em Minas Gerais, a expectativa da educação privada é de que o número de matrículas na creche e pré-escola surpreenda e continue em alta. Mesmo com o reajuste salgado das mensalidades, que encareceram até 16% no estado, no período de volta às aulas, instituições de ensino já confirmam crescimento que pode superar 10% no volume de alunos.

Das pequenas escolas até os grandes colégios, os investimentos envolvem abertura de turmas, ampliação do espaço físico e compra de materiais para receber o grande público. Segundo o último censo da educação, as matrículas no segmento infantil registraram aumento de 30% na rede privada entre 2008 e 2013. O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) estima números ainda mais positivos este ano. O trabalho dos pais fora de casa, o ambiente da escola propício ao desenvolvimento infantil e a despesas mais alta com o profissional doméstico, combinadas ao período de mão de obras escassa, são apontados pelos especialistas como as principais razões para cada vez mais cedo as crianças serem levadas às salas de aula. Na ponta do lápis, pagando mensalidades que custam, segundo o Sinep-MG, em média R$ 400 na capital, e perto de R$ 900 na Zona Sul, para meio horário, as famílias alimentam o bom momento das escolas privadas.

Em algumas instituições, o movimento é tão expressivo que atingiu a capacidade máxima de atendimento e há fila de espera que justificaria a abertura até de nova unidade. Esse é o caso do Colégio Santo Agostinho, que aos 80 anos aposta na base como grande alimentadora das séries futuras. Lorena Macedo, diretora da unidade Vale dos Cristais, em Nova Lima, conta que a escola começou a funcionar em 2007 com 25 alunos e hoje contabiliza 400. A inscrição para os novatos obedece a uma rígida lista que segue ordem de chegada. “Não fazemos seleção nessa faixa etária”, explica a diretora. Segundo ela, o processo é feito via internet e no último ano, dois minutos após ter sido aberto, as vagas para novas turmas já tinham sido preenchidas. E na sequência foram recebidas dezenas de inscrições para a fila de espera.



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