O protesto de moradores do Complexo da Maré na Linha Amarela terminou, no fim da noite desta segunda-feira, com tumulto. Por volta das 22h20m, alguns participantes da manifestação atiraram pedras contra os policiais e colocaram barricadas na via. Um carro chegou ser incendiado por criminosos que estavam entre os integrantes do protesto, de acordo com o Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE), que estavam no local, com a presença de homens da Força de Pacificação e do Batalhão de Choque. Segundo a PM, houve registro de tiros no local, que teriam sido disparados do interior da comunidade. Ninguém ficou ferido.
A manifestação, na maior parte pacífica, tinha interditado pela segunda vez a Linha Amarela, na altura da Vila do João, onde, mais cedo, um adolescente foi ferido por um tiro enquanto jogava fliperama. De acordo com a Lamsa, via expressa teve os dois sentidos, na altura da Maré, e os acessos para a Linha Vermelha liberados por volta das 223h50 desta segunda-feira.
De acordo com Força de Pacificação da Maré, o grupo havia dispersado por volta de 20h30m, mas retornou minutos depois à via. Mais cedo, a pista lateral da Avenida Brasil também foi interditada aos motoristas, no sentido Zona Oeste, na altura da comunidade, devido ao protesto. Às 20h45m, no entanto, a via foi liberada.
Cerca de 150 pessoas iniciaram o ato na Avenida Brasil, obrigando o fechamento da pista lateral da via, sentido Zona Oeste, na altura da comunidade. Policiais do 22° BPM (Maré), do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE) e do Batalhão de Choque (BPChq) foram acionados ao local para acompanhar o grupo, que deu continuidade ao ato na Linha Amarela.
A manifestação foi convocada, por meio de um evento no Facebook, pela página "Maré Vive". O grupo critica o modelo de pacificação do local e reclama dos "tiroteios diários" na Maré: "Estamos contra o preconceito e criminalização da pobreza! Contra mortes sem investigação! É contra a especulação imobiliária esmagadora! É contra a falta de saneamento básico! É contra a falta transporte público! É contra a falta de diálogo com a população!", diz um comunicado publicado na rede social.
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