10 de abril de 2015

Galo faz jogo com "cara de Libertadores", vence Santa Fe e embola classificação no Grupo 1

O Atlético não teve facilidades, mas venceu o Santa Fe por 2 a 0, nesta quinta-feira, no Independência, e embolou o Grupo 1 da Copa Libertadores. O jogo contou com todos os elementos que marcam a competição continental, e teve divididas duras, cartões, clima de decisão, confusão no fim e gol de personagem simbólico. Se não foi um primor no aspecto técnico, o time de Levir Culpi mostrou raça e disposição, condição essencial em jogos de Libertadores.
A vitória do Galo nasceu ainda no primeiro tempo, aos 12 minutos. O jovem Carlos aproveitou tabela no meio-campo e ficou sozinho na área para finalizar. O herói da noite teve que sair da partida por causa de uma pancada forte na nuca. O segundo protagonista retornou depois de longo tempo sem jogar. A volta de Guilherme foi em grande estilo, com o meia marcando o segundo do Galo.
O ponto negativo no Horto foi o árbitro Andres Cunha, do Uruguai, que abusou dos erros de marcação.
A luta do Atlético pela classificação continua na próxima quarta-feira, no México, diante do Atlas. Já o Santa Fe viaja direto ao Chile para a partida contra o Colo Colo. Todos os clubes do grupo têm chances de passar às oitavas de final. Antes de pensar na continuidade da competição continental, o Alvinegro foca no clássico de domingo, no Horto, contra o Cruzeiro, pelas semifinais do Campeonato Mineiro.
O Atlético chegou aos seis pontos no grupo e igualou os colombianos. O Colo Colo lidera a chave, com nove. O Galo está em terceiro por causa do saldo de gols. Se tivesse marcado um gol a mais, o Alvinegro teria tomado a segunda posição.
Clima de decisão
Não podia ser diferente. O primeiro tempo entre Atlético e Santa Fe começou com espírito de decisão. A marcação cerrada das duas equipes diminuía o campo de ação no Independência. Mas, quando conseguiu criar pelo meio, o Atlético conseguiu fazer o gol antes dos 15 minutos. A tabela na parte intermediária do gramado, que começou com Rafael Carioca, passou por Dátolo e contou com um leve desvio de Lucas Pratto, terminou nos pés de Carlos, e dali para o fundo das redes: 1 a 0.
O gol não fez que o apetite do Atlético acabasse. Pelo contrário, o time de Levir Culpi pressionou ainda mais para marcar o segundo. Até os 35 minutos, o Santa Fe parecia perdido, ainda buscando compreender o ritmo do Galo. Quando se soltou mais ao campo de ataque, o Cardenal conseguiu ameaçar a meta de Victor em uma cobrança de escanteio e uma falta cobrada para a grande área, mas sem oferecer grandes sustos.
O vilão do primeiro tempo foi o árbitro Andres Cunha. Com inversão de faltas e outras marcações inexplicáveis, ele atrapalhou o ritmo da partida no Independência. A torcida do Atlético xingou o uruguaio na saída para o intervalo. As faltas duras cometidas pelos dois lados também não foram punidas com cartão amarelo, condução comum de alguns árbitros em Copas Libertadores.
Sufoco e alívio
No contra-ataque puxado por Lucas Pratto, Marcos Rocha recebeu livre na direita, mas optou por finalizar ao invés de cruzar para a área. Dátolo estava sozinho para completar. A pressão continuou e Luan quase marcou em bola rebatida pela defesa, aos 10 minutos.


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