12 de maio de 2015

Clima econômico piora na América Latina, mas melhora no mundo

O clima econômico na América Latina piorou entre janeiro e abril deste ano, de acordo com o indicador Ifo/FGV (elaborado em parceria entre o Instituto alemão Ifo e a Fundação Getulio Vargas tendo como fonte de dados a Ifo World Economic Survey).
O recuo foi de 5,3% no período, ao passar de 75 pontos para 71 pontos. A queda foi liderada pelo indicador de expectativas que caiu 11%, enquanto o da situação atual avançou 3,4%.
A FGV afirma que todos os indicadores encontram-se na zona desfavorável de clima econômico e a piora no indicador das expectativas preocupa, ao indicar uma possível piora no cenário para os próximos seis meses.
No Brasil, todos os indicadores registram queda entre as duas últimas sondagens: o clima econômico foi de -14%, a situação atual registrou -27% e o indicador de expectativas foi de -9,5%.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o recuo da avaliação da situação atual é de 68% e do clima econômico, de 31%, mas o indicador de expectativas registra uma pequena alta de 2,7%.
No entanto, como as expectativas continuam desfavoráveis e apontando para uma piora da situação daqui a seis meses, a pequena melhora em relação a abril passado tem um peso pequeno na avaliação da projeção do crescimento econômico.
Mundo
No plano mundial, a melhora do clima econômico, que passou de 106 pontos para 110 pontos foi liderada pelo desempenho da União Europeia, que registrou elevação de 11,5%, com melhoras tanto nas avaliações sobre a situação atual quanto das expectativas. Todos os indicadores da região passaram à zona favorável.
Nos Estados Unidos, os indicadores recuaram, mas encontram-se acima da média dos últimos dez anos e na zona de clima favorável. A China continua registrando clima econômico desfavorável desde outubro de 2014, mesmo com o aumento de 7,1% do clima econômico, entre janeiro e abril, para 91 pontos.
Este resultado está associado ao aumento de 20% no IE, o que sugere que a economia pode estar retomando uma trajetória ascendente. Entre os BRICS, o Brasil registrou o menor clima econômico, enquanto a Índia é o único país do grupo com ICE favorável.
Apesar da melhora no clima econômico do Mundo, a previsão para o crescimento do produto mundial de 2015 foi revista para baixo. Era de 2,5%, na Sondagem Ifo de abril de 2014, e passou para 2,3% na de abril de 2015.
Para a América Latina, o crescimento caiu de 2,3% para 1,3%, no mesmo período. Entre os 11 países que a Sondagem Econômica da América Latina analisa mais detalhadamente, nenhum registrou aumento na projeção entre as duas pesquisas. Para o Brasil, a previsão passou de um crescimento de 1,7% para uma retração de 0,9%.
A piora no desempenho econômico dos 10 países da América do Sul e do México coincide com a avaliação do clima econômico. O clima econômico só se encontra em patamar favorável no Chile (aumento de 33% entre janeiro e abril de 2015); e no Paraguai (mantém estável em 127 pontos).
No Peru, o clima econômico recua da zona favorável para a neutra (100 pontos) e o Uruguai continua na zona neutra. Além do Chile, apenas Argentina registou aumento do clima econômico, embora ainda permaneça na zona desfavorável. Na comparação interanual, o clima econômico melhora apenas na Argentina (1,3%) e no Chile (19%).

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