2 de outubro de 2014

Ebola contamina 5 pessoas a cada 60 minutos

É classificada como “desesperadora” a situação em Serra Leoa pela organização não governamental (ONG) Save The Children. De acordo com números da entidade, a cada hora, ao menos 5 pessoas são infectadas pelo ebola neste país, um dos mais atingidos pela epidemia. 


Mas os dados chocantes sobre a doença não param por aí. Serra Leoa, como tantos outros países africanos, conta com um frágil sistema de saúde e hoje é capaz de oferecer apenas 327 leitos em todo o país.
E o futuro não dá sinais de que será positivo: a previsão é que, se a contaminação continuar neste ritmo, o número de casos por hora suba para 10 antes do final de outubro.
Desde que o primeiro caso foi registrado no início do ano, na Guiné, a epidemia rapidamente se espalhou para outros países africanos. É em Serra Leoa, contudo, onde o ebola está fazendo o maior número de vítimas.
Em um relatório publicado nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que, em setembro, foram registrados 2.076 novos casos e 574 mortes. Entre profissionais da saúde, 111 pessoas foram contaminadas, enquanto que 78 morreram por conta da doença.
Ajuda internacional
A Grã-Bretanha é um dos países desenvolvidos que está atuando fortemente na luta contra o ebola. Nesta quinta-feira, acontece em Londres uma conferência que tem justamente o objetivo de debater formas de combater a epidemia.
Uma das presenças mais aguardadas era a do presidente de Serra Leoa, Ernest Koroma. Porém, por causa de problemas em sua aeronave, o líder não comparecerá ao evento que conta ainda com a participação de dezenas de líderes e organizações internacionais.
Durante a conferência, o Reino Unido se comprometeu a doar 190 milhões de dólares que devem ser usados para a compra de 700 novos leitos e também no financiamento da construção de novos centros comunitários de saúde.
Outro relatório, este produzido pelo parlamento britânico, revelou que um dos motivos que pode ter contribuído para a escalada na crise em Serra Leoa e também na Libéria foram os cortes recentes no orçamento de ajuda internacional.
Foi questionado, contudo, o quanto desta ajuda estaria mesmo sendo alocada nos lugares certos pelo governo destes países. Há pouco tempo, a União Europeia enviou 60 milhões de dólares para a Libéria. Entretanto, apenas 3,9 milhões chegaram até o Ministério da Saúde. 

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