O grupo Reage Itabira, montado com o objetivo de frear as demissões que ocorrem na Vale, definiu durante o encontro desta terça-feira (31) na sede do Sindicato Metabase de Itabira e Região que mandará uma carta a direção da empresa, na tentativa de convencer sua gerência a acabar com os cortes de pessoal. Este ano mais de 2 mil trabalhadores terceirizados e mais de 60 diretos foram despedidos.
Além da carta, que já foi escrita e deve ser encaminhada ainda hoje à mineradora, o grupo definiu outras ações. Entre elas estão a distribuição de panfletos, a fixação de faixas contra as demissões, o uso dos programas na rádio mantidos pelo Sindicato Metabase, além de um provável requerimento votado pelos vereadores convidando representantes da Vale para prestar esclarecimentos na tribuna, durante a reunião ordinária.
As entidades que assinaram a carta são: Câmara Municipal, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Igreja Universal do Reino de Deus, Diocese, Sindicato dos Rodoviários de Itabira, Aposvale, Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Municipais (Sintsepmi) e Sindicato da Construção Civil.
No documento, as entidades lembram os lucros da empresa nos últimos 10 anos e pede para que as demissões sejam paralisadas. “Dos 2.902.982 milhões de toneladas produzidos pela Vale, grande parte saiu de Itabira. De maneira direta ou indireta toda população contribuiu para o lucro de 202.247 bilhões de reais, alcançados nos últimos 10 anos. É por esta razão, por ter uma economia tão dependente da Vale, que nos sentimos na obrigação de em nome da população itabirana, suplicar a esta empresa que poupe os trabalhadores, que não destrua Itabira”, diz um trecho da carta.
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