25 de março de 2015

Padre Eustáquio alia a tradição e a modernidade

“Percebo que a formação geográfica de um bairro como o Padre Eustáquio não permite transformação completa. Isso levaria um antigo morador à constatação de que o lugar em que cresceu não existe mais. Assim, é o local de muitas crianças e jovens, que poderão crescer com a certeza de rever amanhã as ruas de suas lembranças. Pessoas mais idosas do bairro afirmam que as mudanças chegam, mas sem aquela urgência de destruição.” Assim, o escritor Jeferson de Andrade definiu o Bairro Padre Eustáquio, na Região Noroeste de Belo Horizonte, em seu livro Padre Eustáquio, da Coleção BH: A cidade de cada um, antes de falecer, em abril de 2013.
O bairro é um dos mais tradicionais da capital mineira. Talvez por isso tenha ares de cidade do interior, misturando o bucólico com o moderno. É habitado desde o início do século 20. No começo, podiam-se avistar grandes fazendas no horizonte, onde hoje é o Padre Eustáquio. E, entre os vales férteis da região, localizava-se a Estrada de Contagem, que atualmente é a Rua Padre Eustáquio. A estrada ligava Belo Horizonte, então nova capital do estado, à vizinha Contagem. Nos idos de 1920, surgiram as primeiras vilas operárias às margens da estrada, onde moravam os trabalhadores que ergueram a capital. Mais tarde, essas vilas constituíram o bairro batizado Padre Eustáquio em homenagem ao padre holandês Eustáquio Van Lieshout, beatificado por causa de seus milagres.
Em 1942, os moradores receberam e acolheram o novo líder espiritual. Lá, ele fundou a capela Cristo Rei e viveu por muitos anos. Mais tarde, construiu a Igreja dos Sagrados Corações, hoje santuário em que se encontra sepultado e visitado por romeiros do mundo inteiro.

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