A Volkswagen está “em guerra aberta”, numa luta pelo poder entre os dois principais responsáveis pelo emblema germânico e antigos aliados, Martin Winkerton (CEO) e Ferdinand Piech (Presidente). Tudo começou no final da semana passada, quando Piech disse ao jornal Der Spiegel que se havia “afastado” de Winkerton, numa afirmação que tem sido vista como uma forma de retirar publicamente a confiança no homem que dirige os destinos do emblema germânico. Com o contrato de Winkerton a terminar em dezembro de 2016, estes comentários proferidos pelo neto de Ferdinand Porsche foram também vistos como uma forma de “minar” o caminho a Winkerton e evitar que este lhe suceda no futuro como líder máximo do grupo alemão.
Como resposta, o CEO da VW disse à Reuters que irá lutar pelo seu lugar, numa posição suportada pelos fortes apoios recebidos. Considerado por muitos como o responsável pela transformação e crescimento da marca nos últimos anos, Winkerton tem o apoio dos sindicatos laborais, que ocupam 10 dos 20 lugares do conselho de supervisão da VW, e também do Estado da Saxónia, que detém 10% dos votos. De acordo com informações avançadas pelo site Automotive News Europe, o atual CEO contará com o apoio de 14 das 20 pessoas que compõem o principal órgão não-executivo da Volkswagen.
Esta atitude de Ferdinand Piech é também vista como mais um episódio na lista de ações do Presidente da VW para “minar” os CEO das marcas. Em 2006 o então responsável da VW, Bernd Pischetsrieder, também saiu após um caso similar (com Winkerton a assumir o seu lugar), e em 2009 os CEO e CFO da Porsche, Wendelin Wiedeking e Holger Haerter, também abandonaram a companhia após desacordos públicos com Ferdinand Piech. Falta agora saber quem vai sair vencedor deste “braço de ferro” entre os dois responsáveis máximos do emblema germânico.
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