O presidente do Sindicato Metabase de Itabira e Região, Paulo Soares de Souza, lamentou o fato de a Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária de Itabira (Acita) não aderir ao movimento “Reage Itabira”. O movimento tem como principal objetivo paralisar as demissões que estão ocorrendo na Vale e nas empreiteiras na cidade, desde o começo deste ano.
Foram convidados representantes de diversas entidades itabiranas. O sindicalista havia convidado, inclusive, a associação comercial a aderir ao manifesto. No entanto, nesta quinta-feira, 16 de abril, quando aconteceu uma reunião sobre os planos de ação contra as demissões, a Acita encaminhou um comunicado à imprensa relatando a não participação na iniciativa.
O informativo mencionava o respeito da entidade a manifestações que defendam os direitos legítimos e promovam bem estar social. Para a associação, o movimento “Reage Itabira” condiz com os objetivos do Metabase, principalmente neste momento de instabilidade econômica.
A Acita defendeu que é uma entidade comprometida com as questões socioambientais e com a diversificação econômica do município, além de lembrar que, desde 2012, a associação lidera o Fórum Permanente de Desenvolvimento Sustentabilidade e Inovação de Itabira, que tem o objetivo de propiciar um ambiente favorável à proposição, discussão e implantação de medidas para o desenvolvimento sustentável da cidade. “Porém, a Acita esclarece que, por uma decisão unânime de sua diretoria, não integrará a lista de entidades signatárias deste movimento”, diz um trecho do comunicado.
Diante do fato, Paulo Soares demonstrou insatisfação e recordou que a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) se solidarizou com a causa, mesmo amargando lucros baixos. “Aí você vê a Acita numa posição diferente”. “Eu só lamento a posição dela. É lamentável e acho que Itabira também lamenta, por ser uma instituição que tem a coragem de dizer publicamente que não vai participar”, acredita Paulo.
O sindicalista havia informado com preocupação, no dia 19 de março, que mais de 2 mil funcionários de terceirizadas e 60 funcionários da Vale foram demitidos nos três primeiros meses de 2015 em Itabira.
De Fato
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