O corpo do ex-presidente da Força Jovem Goiás, torcida organizada do Goiás Esporte Clube, Evandro Rodrigues Cavalcante, 37 anos, foi enterrado na manhã desta terça-feira (23) no Cemitério Vale do Cerrado, em Goiânia. Ele foi assassinado a tiros nas proximidades de casa quando saía para o trabalho. Familiares e amigos participaram da cerimônia, mas não quiseram falar com a imprensa.
O crime aconteceu na manhã de segunda-feira (22), no Parque Santa Rita. Segundo a Polícia Militar, Evandro morreu enquanto aguardava um amigo para ir ao trabalho na porta de casa. Os suspeitos chegaram em dois carros e começaram a atirar. O amigo presenciou o crime, mas escapou ileso. “O rapaz contou que tinha ido até a casa dele para que os dois fossem juntos ao trabalho, como de costume. Quando os dois estavam na frente da residência, um veículo se aproximou e os ocupantes já dispararam tiros”, explicou ao G1 o tenente J. Ribeiro. Um dos carros usados pelos criminosos foi encontrado abandonado no residencial Rio Verde, bairro próximo de onde ocorreu o crime. “Encontramos projéteis de pistola calibre 380 ao longo de uma quadra depois da casa, onde ele acabou morrendo. Existem marcas de tiros no carro, que era roubado, o que nos leva a crer que houve troca de tiros entre eles e Evandro”, relatou o PM.
A delegada Flávia Andrade, adjunta da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), afirmou no dia do crime que a principal linha de investigação sobre o assassinato está relacionada a briga de torcidas. “Esse indício é reforçado pelo fato de que a gente conversou com alguns familiares da vítima e eles falaram que ela já tinha manifestado a intenção de se mudar do setor justamente por causa desse medo, desse temor da vida pregressa envolvendo essa torcida organizada", disse a delegada.
Flávia explicou, ainda, que como as investigações estão em fase inicial, a corporação não descarta a hipótese de vingança. O motivo seria o homicídio de um torcedor do Vila Nova, rival do Goiás, ocorrido supostamente a mando de Evandro pelo fato do jovem namorar com a sua filha.
Após deixar a presidência da torcida, Evandro atuava há dois anos como servidor comissionado da Secretaria de Estado da Cultura de Goiás (Secult). Segundo a PM, ele tinha passagens por homicídio e uso de drogas.
Em julho de 2011, ele foi preso suspeito de encomendar o assassinato de Lucas Arantes Silva, torcedor do Vila Nova. O motivo seria o namoro entre a vítima e a filha de Evandro.
Na época, Rodrigo Rodrigues de Sousa confessou que atirou na cabeça da vítima, no Residencial Goiânia Viva, a mando do ex-presidente da Força Jovem. De acordo com a investigação policial, foi Evandro quem deu a arma para Rodrigo matar Lucas. O caso foi analisado pela Justiça, mas os acusados não foram a júri popular por falta de provas.
Na época, Rodrigo Rodrigues de Sousa confessou que atirou na cabeça da vítima, no Residencial Goiânia Viva, a mando do ex-presidente da Força Jovem. De acordo com a investigação policial, foi Evandro quem deu a arma para Rodrigo matar Lucas. O caso foi analisado pela Justiça, mas os acusados não foram a júri popular por falta de provas.
Ainda de acordo com a Justiça, Rodrigo foi morto durante a investigação após se envolver em uma briga de torcidas rivais.
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