26 de março de 2015

Homem morre de infecção generalizada depois de ser mordido pela cunhada em Passos


Médicos de uma Unidade de Pronto-Atendimento de Passos, no Sul de Minas, podem ser responsabilizados pela morte de Nilton José da Silva. O homem teve infecção generalizada depois de ser mordido pela cunhada, durante uma briga. Para tentar desinfetar o ferimento, inicialmente ele passou etanol no braço. Depois, chegou a ser atendido em dias diferentes por dois profissionais, que receitaram medicamentos que não surtiram efeito. A responsável pela agressão será indiciada por lesão corporal seguida de morte, crime cuja pena pode variar de quatro a 12 anos de prisão.
A briga aconteceu em 24 de fevereiro. Testemunhas relataram à Polícia Civil que Aparecida Michela Serafim foi até a casa de Nilton José da Silva para conversar com o companheiro dela, que estava no imóvel. Os dois começaram a discutir e Nilton tentou separar o casal. “Durante o tumulto, a mulher mordeu o braço do cunhado. A mordida tirou parte da pele, que chegou a ficar pendurada”, afirma o delegado Marcos de Souza Pimenta, chefe da Delegacia de Homicídios da cidade.
Depois da agressão, Nilton foi orientado pela mãe ir a um posto de gasolina e passar etanol no ferimento, o que não resultou em melhora. “Uma semana depois, as dores se intensificaram e ele procurou uma Unidade de Pronto-Atendimento, onde o médico lhe deu remédio para gripe e anti-inflamatórios”, explica o delegado.
Mesmo com os medicamentos, as dores aumentaram e Nilton voltou a procurar a unidade de saúde no dia seguinte. Conforme as investigações, outro médico atendeu o paciente e prescreveu azitromicina, um antibiótico. Antes de deixar o local, o paciente pediu para tomar soro, pois estava se sentindo fraco, e foi atendido. “Enquanto estava na maca, houve troca de turno. O profissional que assumiu o serviço notou que a situação de Nilton não era boa. Depois de pedir exames, ele logo o encaminhou para a Santa Casa de Passos, para ser operado, pois estava com infecção generalizada”, comenta Pimenta. O paciente acabou morrendo durante o procedimento.
A Polícia Civil só foi procurada pelos familiares em 11 de março. “Eles compareceram à delegacia, dizendo que estavam inconformados, já que a mulher responsável pela mordida não tinha sequer sido ouvida. Segundo eles, a PM compareceu ao local no dia da briga, mas não registrou um boletim de ocorrência”, acrescentou o policial.

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