A irmã de Maria da Luz das Chagas dos Santos, que morreu enquanto esperava por atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Curitiba, na terça-feira (23), Daniela Ferreira das Chagas, disse que Maria já tinha reclamado do atendimento antes de passar mal.
"Meu cunhado falou pra ela que ia até o balcão para ver se conseguia priorizar o atendimento, e ela [Maria da Luz] falou assim: nem vá porqueeu já fui muito mal atendida e ainda a menina que me atendeu falou que eu tenho que esperar porque tem 50 pessoas na minha frente ainda", contou Daniela.
Maria da Luz passou mal em uma farmácia que fica em frente a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Fazendinha, em Curitiba, e acabou morrendo. A família alega que houve omissão de socorro.
Polícia investiga o caso
A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte. Os policiais informaram que já pediram à Secretaria Municipal de Saúde uma lista de todos os funcionários que estavam trabalhando na UPA durante o horário em que os fatos aconteceram. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, que investiga o caso, também deve intimar os parentes e outras testemunhas para esclarecer se houve omissão de socorro.
A Prefeitura de Curitiba informou em nota que também vai investigar o caso. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde, os funcionários são orientados a atender os pacientes, mesmo que eles passem mal em frente às unidades de saúde, como aconteceu com Maria.
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